07 agosto, 2011
Sempre fui avessa a contos.  Gosto de ser tragada por uma boa história, e nela permanecer imersa por algum tempo. O conto me causa aquela frustração típica de uma viagem curta...

Em momento algum culpei o formato pela relação mal resolvida. Mas, após inúmeras tentativas ao longo de anos, me permito concluir que à maioria dos contos faltou a capacidade de me engolir - mesmo que apenas pelo tempo que dure a leitura de umas poucas páginas. 



Do nada, me cai nas mãos um livro do Raymond Carver. Americano, além de pinguço o Raymond Carver acendia um cigarro no outro. Morreu aos 50 - há mais de duas décadas. Apesar da short life, será lembrado como o reinventor da short story.

É ler para entender como, em tão pouco tempo, esse maluco se tornou um dos maiores contistas do século 20.


"Um homem sem mãos apareceu na minha porta para me vender uma fotografia da minha casa. A não ser pelos ganchos cromados, era um homem de aspecto comum, de mais ou menos cinquenta anos. "Como você perdeu as mãos?" , perguntei depois que ele disse o que queria dizer. "isso é uma outra história", respondeu.  (trecho de "Visor")

 
Por Sônia Guimarães às 23:42     1 comentários