Queria ter lido o livro antes de assistir ao filme. Reparação, de Ian McEwan, é uma história muito bem construída. E essa qualidade do romance é um dos grandes trunfos da adaptação pro cinema. Desejo e Reparação merecia ter levado o Oscar de Roteiro Adaptado.
Aos 13 anos, Briony - futura escritora de sucesso - comete uma leviandade que destrói a vida do namorado da irmã e, por tabela, detona também a vida da própria irmã (papel de Keira Knightley, na foto). Pelo resto de sua existência Briony acorda e vai dormir com o remorso e a ânsia de reparação. O evento que norteia a trama acontece logo no começo do filme. Ou seja, passamos quase duas horas tomados pela forte noção do peso das palavras.
Se contado de forma linear - princípio, meio e fim - talvez Desejo e Reparação não passasse de um drama previsível e sem maiores encantos. Ian McEwan domina uma forma de narrativa aparentemente simples mas que só funciona se empregada com precisão e muita sensibilidade. Assim, só ficamos sabendo como a história termina, no final da última cena.
E não é que já estamos navegando a mais de 5 gigabytes por segundo? E pensar que os primeiros passos da internet no Brasil se deram a uma velocidade hoje inimaginável de 14.400 kilobytes por segundo!! Anyway, é preciso um senhor computador pra tirar proveito de uma conexão tão veloz. Na Campus Party acessei a rede de alguns terminais (inclusive da Telefônica, responsável pela navegação no ambiente do evento), e concluí que 5 gigas só fazem diferença em máquinas muuito poderosas.