31 março, 2006
entre palavras
Uma graça o novíssimo Museu da Língua Portuguesa. Não sei se concordo com a definição, em minha muito modesta opinião as bibliotecas são os genuínos museus da nossa e das outras línguas - as páginas dos livros parecem o abrigo natural das palavras. No presente caso o que fizeram foi ocupar parte da linda e histórica Estação da Luz (em Sampa), com vídeos e instalações multimídias muito bem realizados, tudo em homenagem ao bom português. É a palavra em movimento.















Adorei o telão com mais de 100 metros de comprimento, e a exposição temporária que Bia Lessa inventou pra reverenciar Guimarães Rosa e seu Grande Sertão: Veredas. Só não aconselho visitas em dias tipicamente mais movimentados, porque aquele lugar lotado deve transformar todo e qualquer prazer em agonia.


Marisa



















Minha amizade com Marisa Reis foi instantânea, se estabeleceu no momento em que passamos a conviver, em janeiro de 2005. Espero que dure pra sempre, Marisa! Na foto minha amiga, que fez aniversário dia 25.


o poder do maracatu













Adoro os shows da Nação Zumbi! A cadência tribal da mangue beat mexe com a gente... Isto eu escrevi há 1 ano e meio, logo depois do show de lançamento do dvd Propagando - tá lá no meu velho blog postado em 4/9/04. A Nação produz acordes e ritmos que estimulam territórios menos explorados dos meus ouvidos...

Tudo o que escrevi em 2004 continua valendo. A Nação tá de volta com seu melhor show (lançamento do cd Futura). Os caras tão cada vez mais cosmopolistas e (talvez por isso mesmo) com uma levada regional super requintada. Bom, bom, bom! Roubei a foto da Radiola Urbana.




Ramiro e Helga não perdem um show da Nação...









Heleninha e Andrea também foram.



As japas são animadíssimas. Andrea, então, é ótima parceira pra shows. Na mesma semana encaramos uma puta chuva durante a apresentação do Oasis - sem perder a esportiva.


delay...












Não assisti a O Segredo de Brokeback Mountain mas achei Crash tão bom que não vejo como pode ter havido alguma injustiça na escolha do Oscar de melhor filme. Me emocionei em vários momentos. O filme combina, mistura e entrelaça casos fictícios (?) de preconceito e discriminação racial, na maioria das vezes alimentados pelo medo. Tudo é tão torpe que deixa perplexos discriminados e discriminadores.




Injustiça mesmo foi não premiar Boa Noite e Boa Sorte - dirigido pelo George Clooney (que tb é roteirista e atua no filme). Tenho grande admiração por quem honra sua profissão como fez o âncora de TV Edward R. Morrow. Nos anos 50 ele enfrentou Joseph MacCarthy, senador que comandou uma caça a todo americano supostamente comunista. O filme é quase minimalista, o cartaz aí do lado mostra o enquadramento predominante. Mas a gente fica ligado até o fim. George Clooney, tu não é fraco, hein?






reminiscência pura













Achei que ia demorar pra alguém superar o Fernandinho (que aparece alguns posts atrás cercado pela neve austríaca). Eis que me chega esta foto feita no Camboja, do Mariano Haensel - que era da minha turma de garota, nem preciso dizer que pelo lado dos malucos né? O cara virou geólogo e trabalha numa agência internacional de proteção ambiental.














O mais louco é que um dia antes do Mariano me escrever eu peguei da estante o DVD do ma-ra-vi-lho-so Apocalipse Now Redux (a versão reeditada pelo diretor) e revi o filme inteirinho. Francis Ford Coppola rodou Apocalipse Now nas florestas tropicais do Camboja durante a segunda metade dos anos 70, praticamente sobre as chagas da guerra do Vietnã. É o melhor filme de guerra já produzido - dos que eu vi o único que chegou perto foi Além da Linha Vermelha. Apocalipse Now ganhou a Palma de Ouro em Cannes e recebeu oito indicações pro Oscar (levou os de Fotografia e Som). Isso que é filme!

 
Por Sônia Guimarães às 12:46     2 comentários
12 março, 2006
A maioria dos meu conhecidos acha que eu tenho um sotaque fortíssimo de gaúcha. Concordo plenamente. Mas fico boba com isto. Faz 20 anos que eu saí do Rio Grande do Sul. Minha convivência com a gauchada é do tipo moderada. Mesmo assim tem dias em que me ouço falando de um jeito tão, mas tão gaúcho - como se eu jamais tivesse saído de casa.



O que muita gente não sabe é que, quando gravo alguma locução meu sotaque some! Nem eu sei explicar como pode uma coisa dessas, mas é o que acontece. Pra quem duvida, tá aqui (o texto e a edição são do meu coleguinha Ramiro Zwetsch).

 
Por Sônia Guimarães às 11:35     4 comentários