20 agosto, 2006
Adoro assistir a peças e shows sem ninguém na minha frente. Ou seja, meu lugar predileto é a primeira fila.

No caso do Cirque Du Soleil, foi uma experiência no mínimo adoravel. Descontadas algumas palhaçadas clássicas de circo (que podem ou não ser engraçadas), de resto Saltimbanco é pontuado por momentos de sonho. Despertou terrítórios há muito não visitados tanto do inconsciente quanto do meu subconsconsciente (quando se teve uma infância feliz voltar no tempo é super prazeroso).


Imagine que você está sentado no canto de uma sala, e que nessa sala atores encenam um texto teatral. Assim me senti na primeira fila de Ricardo III (com Celso Frateschi). O Ágora é um teatro pequeno e o palco fica no nível da fila A. Pra minha sorte, a montagem é ótima. E Shakespeare... é Shakespeare.

 
Por Sônia Guimarães às 21:17     4 comentários
02 agosto, 2006
Faz 'apenas' vinte anos que assisti pela primeira vez a uma apresentação da David Parsons Dance Company. Na época era o que havia de mais arrojado em dança contemporânea.



É daquele tempo a coreografia que considero a obra-prima de David Parsons, "Caught". Absurdamente simples e ao mesmo tempo extremamente engenhosa.


Só, num palco completamente às escuras e vestindo branco, Parsons dançava com um controle remoto na mão. Por esse controle ele acionava um flash, no instante exato em que saltava. A impressão é de que o cara tá voando... Em algums momentos era como se estivesse caminhando a 1 metro do chão. Ma-ra-vi-lho-sa.

Duas décadas se passaram e até hoje David Parsons não conseguiu superar a si próprio. Apesar de continuar criando ótimas coreografias, nada do que ele fez - antes nem depois - se compara a "Caught".

Hoje em dia não é mais David Parsons quem executa a coreografia. O tempo pode ter comprometido o desempenho do criador mas preservou todo o frescor da criatura. A mim, pelo menos, causou praticamente o mesmo impacto de vinte anos atrás.

O sujeito da foto maior é o David Parsons.


 
Por Sônia Guimarães às 22:18     4 comentários